
Categoria: Artigos
Data: 08/03/2024
Os siros acharam que o poder de Deus estava limitado a um tipo de lugar, imaginaram que mudando o território da batalha, a vitória seria certa. O Eterno provou que não. A história se repete hoje: alguns creem apenas no Deus dos montes. Naquele tempo, sem aviões e arranha-céus, o mais alto que as pessoas chegavam era nos montes – símbolo de grandeza. Hoje, muitos só possuem devoção à figura divina dos grandes prodígios, tratam Deus como um ser que só se mantém no cargo enquanto garantir sucesso e esquecem que ele também cuida de detalhes.
Alguns lembram de Deus apenas nos vales. Vivem sem Deus enquanto a dor não chega. Para esses, a experiência de fé é relevante apenas para o vale da sombra da morte. O ser divino se torna uma espécie de escape infantil para demandas graves, sobretudo emocionais. Quando tudo vai bem, não se lembram de Deus. Quando o primeiro problema chega, as orações voltam ao lar.
Nosso Deus está nos montes e nos vales. Ele é Deus nas crises e nas oportunidades; no salão de festa e no leito de UTI; nos ganhos e nas perdas; na casa cheia de amigos e na casa tomada por credores. Que Deus nos conceda essa fé – que aprendamos a conviver com altos e baixos e que nos lembremos que a experiência espiritual não é escudo de conveniência, mas sim armadura de sobrevivência.